
O ano passado, quando decidi escrever para o blog, estava passando por um longo processo de “cair pra dentro de mim”. Não sei bem ao certo como ele começou, mas sei que estava cansada de muita coisa, dos outros e de mim mesma. Talvez cheguei nesse ponto, em parte, pelos efeitos iniciais da pandemia, mas também por não ter governado a minha vida intencionalmente.
Como filha do meio, aprendi a estar entre dois irmãos e ser a apaziguadora das brigas. Não que eu também não brigasse, mas tomei pra mim a função de abrandar os conflitos do dia-a-dia. Pensava que sendo responsável, boa filha e boa irmã, minha vida seria melhor.
Desse modo, me tornei uma pessoa focada em agradar os outros e com necessidade de aprovação. Permiti com que a minha felicidade e o controle da minha vida dependessem sempre da ação das pessoas a minha volta. Demorei pra perceber que precisava romper; me libertar de mim mesma e da escravidão da minha mente. Infelizmente, vejo muita gente vivendo assim hoje, como escravas dos seus pensamentos negativos e crenças limitantes; presas em cárceres emocionais e sufocantes.

Nessa caminhada, só comecei a experimentar a liberdade, quando passei a olhar pra dentro de mim e viver o amor de Deus. Ele é o início de tudo, e desde a eternidade – conceito que está além do tempo cronológico e que não pode ser medido- já nos tinha desejado. Romanos 11:36 diz: Porque Dele e por Ele, e para Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente.
Tudo o que é bom se origina Nele; mas Ele também é o meio e o final. Por isso precisamos entender que antes de fazermos sentido de quem somos, precisamos enxergar quem Deus é. Ele é o dono de tudo, e é através Dele que somos e fazemos, para que no fim, tudo volte para Ele, inclusive a glória.
Que o amor Dele seja a base, mas que possamos ir além, sempre sondando o nosso coração e “jogando fora o lixo”, pois só assim sairemos da alienação para o governo que Ele nos chama. (Gen. 1:26)