Diário de um fim de semana em Évora

PHOTO BY KATI DAWSON

Oi minha gente! O mês passado decidimos explorar uma nova região de Portugal que não conhecíamos. Assim que fomos liberados pelo governo para atravessar os concelhos (municípios), começamos a nos planejar. Foi uma viagem curta para a nossa família, mas aproveitamos ao máximo o que estava à nossa disposição. Não diria que esse post consegue cobrir todas as atrações e pontos turísticos, mas pode dar a vocês uma ideia do que esperar.

Então, vamos ao que interessa. De origem nos tempos da ocupação romana, Évora é uma das cidades portuguesas mais antigas e também a capital do distrito de ÉVORA, no coração do Alentejo. Com uma rica história da arte portuguesa, ela é um dos destinos preferidos dos turistas nacionais e estrangeiros.

Então, chegamos lá numa sexta-feira, por volta das 21h e fomos direto para o nosso Airbnb alugado. A propósito, conseguimos um local no centro da cidade, próximo de tudo e com um preço muito acessível. Vale a pena programar a viagem com antecedência, pois assim você se permite ver com calma, todas as opções e preços de estadia e passeios que cabem no seu orçamento.

Nesse mesmo dia ficamos o restante da noite dentro do apartamento, com a nossa cria.  Como muitos restaurantes já estavam pra fechar, optamos por fazer uma noite de pizza e filme com eles, guardando nossa energia para o dia seguinte. Se você tem filhos que já estudam história na escola, minha dica é que você contextualize a exploração local de maneira leve e divertida, fazendo conexões – dentro do que eles conseguem absorver – entre o mundo antigo e o contemporâneo. Afinal, aprender história não precisa ser algo entediante!

No sábado, passamos o dia andando pelo centro e foi onde tiramos a maioria das nossas fotos. Cada lugarzinho de Évora inspira e te leva numa viagem ao tempo. Começamos pela igreja de Santo Antão, próximo ao chafariz da Praça do Giraldo, seguindo por ruas de pedras estreitas até a Igreja de Nossa Senhora da Graça – construída no século XV em estilo renascentista italiano – e o claustro adjacente do mosteiro de XVII.

Passamos também pela belíssima Igreja de São Francisco – com seu estilo gótico-manuelino – e pela a Capela dos Ossos, que, apesar de parecer assustadora, é considerada um dos monumentos mais conhecidos de Évora. Nela você vai encontrar mais de 5.000 ossos e crânios de monges que decoram o seu interior e te convidam a refletir sobre a transitoriedade da vida. Ah, e o grandioso Templo Romano do Século I, (considerado Patrimônio Mundial pela UNESCO desde 1986), que é uma das mais importantes ruínas históricas do país.

Para finalizar nosso tempo no Alentejo, visitamos o Mercado Municipal, a catedral de Évora (minha favorita), o Centro de Arte e Cultura Eugênio de Almeida e por último, mas não menos importante, o Cromeleque dos Almendres, o maior monumento pré-histórico megalítico de toda a Península Ibérica (do 4°/6° milênio).

Apesar de não termos conseguido ver tudo que se tem pra ver em Évora, voltamos pra Cascais com uma sensação de termos saído de um livro fascinante sobre a linha do tempo. E ainda por cima, aproveitamos um fim de semana de qualidade em família, o que sempre vai valer a pena!

Tamanho único não serve para todos

Não me lembro ao certo quando descobri o conceito de roupas de tamanho único pela primeira vez. Sei que era adolescente e que não questionei o porquê da “novidade”, pois ela me pareceu ser uma ideia muita boa.

Quase trinta anos mais tarde, entrei em uma loja bem conhecida nos Estados Unidos, com a minha filha mais velha. À medida em que olhava as roupas, percebi que não havia os tamanhos comuns (PP, P, M, G, GG, etc), mas somente peças de um tamanho: sim, o único, rsrs!

Não me surpreendi, pois já estava familiarizada com esse tipo de marketing. Apenas considerei se uma pessoa fora do “padrão ideal de corpo” – determinado pela nossa sociedade – poderia, de fato, usar algo daquela loja. A impressão é que aquele lugar atraía somente um tipo de público, frustrando o restante que não conseguisse se encaixar bem, na modelagem definida. 

Tendo dito isto, meu objetivo aqui não é criticar a moda e o design, mas fazer um paralelo do tema com a maneira como olhamos pra nossa vida e agimos no nosso dia a dia. Quantos de nós, ainda tentamos inserir modelos generalizados e critérios inadequados na busca pelo nosso aprimoramento? Quantas vezes já nos frustramos por fazer algo da maneira que alguém fez e não tivemos o mesmo resultado?

Assim como um tamanho único de vestimenta ou sapato não cabe perfeitamente em todo mundo, o padrão de ser, fazer, trabalhar e viver dos outros, nem sempre será o melhor pra nós. Eu, particularmente, já lidei com isso inúmeras vezes, e percebi que acabei me anulando em alguns momentos em detrimento de uma expectativa desnecessária; de algo que não era pra mim. Em 2005, quando meu marido assumiu a posição de pastor titular de uma igreja em Curitiba, comecei a buscar em outras mulheres de pastor, o exemplo “ideal” para mim: como elas falavam, se comportavam e desempenhavam suas tarefas. Queria muito cumprir essa nova função com excelência, pois ser esposa de pastor era algo novo para mim. Tudo parecia caminhar bem, até o momento em que cheguei num desgaste físico e emocional grande. Meu entendimento sobre o meu trabalho havia se resumido em abraçar uma carga muito pesada de responsabilidades que não tinham a ver com os meus dons e habilidades. Vesti um “tamanho” que não me cabia, até compreender que aquilo não estava me fazendo bem. 

Veja, não estou dizendo que referências ou padrões existentes em nosso meio não possam ser absorvidos e reproduzidos, mas eles têm que acrescentar à sua vida e não invalidar a sua essência e os seus talentos. Você e eu não precisamos colocar uma roupagem que não serve pra nós, mesmo que ela tenha uma etiqueta que diz o contrário. O próprio Davi decidiu remover a armadura e o capacete de Saul, quando percebeu que não estava confortável (I Sa 17:38-39). Eles acabariam por atrapalhar sua luta com Golias e limitar sua visão. A roupa de guerra que funcionava para Saul não funcionou para David. E ele entendeu isso! 

Minha oração é que possamos compreender, cada vez mais, a importância de olhar ao nosso redor e escolher cuidadosamente os “tamanhos” adequados para a nossa individualidade e particularidades; que vão se encaixar perfeitamente no molde que Deus nos criou. 

Da terra do fado para o mundo

Voltei minha gente! Estamos cá vivendo em terras lusitanas há quatro meses (nem dá pra acreditar!) e queremos compartilhar um pouco das nossas primeiras impressões.

Antes de tudo, pra quem não sabe, somos uma família de cinco pessoas que já morou no  Brasil, na Califórnia e agora, em Portugal. Somos aventureiros e amamos viajar! Ainda que mudanças sejam difíceis, nossa decisão de virmos para cá – em meio a pandemia – nos trouxe muita paz, pois sabíamos que Deus estava nos conduzindo.

Bem, desembarcamos no aeroporto internacional de Lisboa no dia 28 de dezembro e fomos direto para o nosso apartamento alugado (Airbnb). Apesar de termos visitado o país em 2018, saber que dessa vez chegávamos pra ficar, nos trouxe uma sensação de pertencimento, afinal estávamos a partir de então, a começar um novo ciclo em nossa história.

Os primeiros dias foram cinzentos e de chuva, nos lembrando muito do clima da nossa querida Curitiba, onde moramos por 15 anos. De início podemos dizer que as poucas vezes que saímos pra comer fora, totalmente valeram a pena! Não pense que a gastronomia daqui se resume somente a peixe, principalmente bacalhau. É claro que, isso faz parte do cardápio português, mas existem muitos outros pratos maravilhosos! E o melhor, não se precisa gastar muito para se comer bem. E os pães gente? São tantos tipos diferentes que nos primeiro mês, provavelmente, engordamos um pouco, pois queríamos provar todos. Ah e o pastel de nata! Nem me fale, esse é o meu queridinho da confeitaria. É leve e derrete na boca, especialmente assim que sai do forno.

Com duas semanas de Portugal, o lockdown entrou e acabamos por comer somente em casa mesmo. O que não mudou nossa rotina de alimentação, pois aqui se encontra praticamente tudo sempre fresco e de qualidade.

Agora, falemos dos portugueses. Quando você visita um lugar acaba tendo uma impressão do povo, que pode ser positiva ou negativa, mas por saber que está só de passagem você não se prende ao comportamento deles. Agora, quando você vai pra morar e sabe que eles serão parte do seu dia a dia, da sua convivência, você começa a se perguntar: será que eles tem preconceito com estrangeiros? Será que eu e a minha família seremos bem aceitos? Bem, da nossa parte a resposta é: os portugueses são maravilhosos. Para cada um que “pode” não fazer cara boa quando percebe seu sotaque, existem cinquenta outros que são amigáveis e respeitosos. É como em qualquer outra cultura do mundo, tem pessoas legais e outras nem tanto! Tudo vai depender da sua perspectiva. 😉

E por fim, queremos destacar a beleza desse lugar. Nossa localização é Cascais, que fica na costa do sol, a mais ou menos 30 minutos de Lisboa. Essa região, pra quem nunca ouviu falar, é de praia e tem cenários naturais belíssimos que te permitem desfrutar de longas caminhadas e passeios ao ar livre. Nós só temos a agradecer a Deus por essa nova etapa, e por tudo que estamos aprendendo nessa nova cultura, que de fato: recebe, aceita e te abraça com seus encantos e histórias.

Agora deixo para vocês um lindo poema de Luís de Camões:

Mudam-se os tempos. Mudam-se as vontades

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

De dentro pra fora

Você passa tempo navegando pelo seu mundo interior? Ultimamente, tenho ficado mais a sós com meus pensamentos, de maneira tão espontânea, que quando percebo já se foram alguns bons minutos do meu dia. 

 

Mesmo tendo uma personalidade introvertida, minha tendência natural é de ser movida pelas ideias práticas e a execução de projetos sensitivos, sem gastar muito tempo na esfera da introspecção ou da constante autoanálise. Isto é, minhas necessidades e habilidades sempre estiveram voltadas para o mundo externo e sensorial, onde eu podia me encontrar e me reconhecer, ao me expandir aos outros. 

Mas aí, veio a pandemia e seus efeitos inconcebíveis, para os quais ninguém estava preparado (em todos os sentidos). Deu-se, assim, o início de um ciclo de exposição de fragilidades, sensações e limitações humanas que pareciam querer nos parar no tempo e nos distanciar cada vez mais dos nossos ideais futuros.  Nesse contexto de incertezas, fui aos poucos me permitindo viver um dia de cada vez; olhando menos para fora e mais pra dentro de mim; descortinando minha alma e desvelando a minha essência.

E sabe de uma coisa? Me enxerguei melhor e gostei mais de mim. Apreciei o prazer de estar no silêncio do meu espírito; de abraçar as oportunidades de refletir antes de responder ou agir; de poder examinar meus conceitos e valores; de me livrar das minhas crenças limitantes, e da chance de conectar com poucos amigos, mas ainda sim, experimentar boas e profundas conversas. Comecei a ser mais grata pelo momento atual, e por tudo o que tenho aprendido e provado até aqui. Por como algo tão inesperado e avassalador, tem me proporcionado um tempo tão valioso de me autoconhecer e de compreender a intensidade da minha natureza emocional, sem me sentir um ser anormal.

E nessa caminhada, sou constantemente lembrada que o Espírito habita em mim (1 Co 3:16), por isso destruo meus muros e refaço minhas pontes, aprendo e reaprendo, renovo minha mente e por ela sou transformada. Sondar o nosso interior e cultivar nele, sabiamente, o jardim da nossa existência é uma tarefa nada fácil, mas com certeza um privilégio que não devemos desperdiçar! 

Você pega o boi pelo chifre?

De tempos em tempos gosto de organizar a minha casa, principalmente o meu guarda roupa; quando as estações mudam. Não costumo manter roupas de inverno e verão juntas, porque não tenho espaço suficiente pra isso. Então faço a troca quando a hora certa chega. Daí aproveito para tirar o que não me serve ou o que não preciso mais, e já separo para doar.  Desde adolescente, a ideia de manter cada coisa em seu lugar num sistema funcional, sempre me chamou a atenção. Claro que nessa época, eu não entendia sobre métodos ou dicas pra fazer isso acontecer, então criava uma esquematização que fazia sentido na minha cabeça.

Já, nos dias de hoje, sei que estão em voga movimentos como o Minimalismo e o Essencialismo – sendo o último aquele com o qual mais me identifico – que incentivam o desapego material e a diminuição do consumo desenfreado em prol de uma vida mais leve e focada no que realmente importa. Isso também vale pra tudo aquilo que nos sobrecarrega emocionalmente e causa tensão no nosso dia-a-dia, como responsabilidades, compromissos e obrigações em grandes quantidades. 

Um estudo da Universidade da Califórnia (2010), por exemplo, revela como o acúmulo e a desordem produzem altos níveis de estresse do hormônio cortisol, que em troca causa ansiedade e depressão. Então, por que não pegar o boi pelo chifre? Na minha pequena experiência pessoal e profissional, essas ideias ligadas ao descarte material e emocional podem, de fato, contribuir muito com o seu bem estar e o da sua família. Mas pra isso você precisará ser intencional nas suas escolhas.  Você precisará tomar decisões de lidar com a bagunça e os excessos à sua volta, mesmo que comece dando pequenos passos; uma área por vez.

Para isso, quero sugerir aqui alguns dos tantos benefícios dessa temática (Alice Boyes, Ph.D.)

1- Desapegar te faz sentir mais confiante em si mesmo, pois essa decisão mostra que você é competente e capaz de solucionar problemas.

2- Descartar é energizante. Quando você começa, você entra no modo “dever cumprido” que traz uma sensação gratificante e aliviante. 

3- Organizar reduz a ansiedade. Quando as coisas estão fora de ordem, não conseguimos pensar de maneira consciente. Criar ordem diminui a ansiedade e traz clareza de mente.

4- Desapegar pode reduzir tensões nos relacionamentos familiares. Uma família organizada tem mais tempo pra se relacionar com qualidade, focando no que realmente tem valor pra si.

5- Descartar te permite achar tesouros esquecidos no meio da bagunça. Às vezes esses itens são coisas que estavam na sua lista de compras. Se encontrar objetos de valor sentimental, arrume uma caixa com tampa e os coloque ali com a seguinte etiqueta: Memorabília. E sempre que quiser, poderá voltar a abrir a caixa e fazer sua viagem no tempo. 

6- Um lugar sem acúmulo é mais fácil de limpar e estruturar rotinas.

7- Quando você mantem apenas aquilo que é necessário para se viver (a quantidade varia de pessoa para pessoa) você vai apreciar e dar mais valor ao que tem.

8- Desapegar de objetos de relacionamentos anteriores também te ajuda a se livrar do seu passado, o que muitas vezes nos impede de viver o presente de forma plena.

9- Descartar te ajudará financeiramente, pois trará uma visão de ser mais intencional com o que você compra, pra não acumular novamente ou desperdiçar dinheiro, desnecessariamente.

E por último, mas não menos importante, o benefício que mais gosto:

10- Desapegar te dá a oportunidade de ajudar pessoas com necessidades reais. Ao juntar suas possessões e levar para um centro de doações ou abrigo, o seu próximo se beneficiará muito mais do que você, com eles mofando em algum lugar na sua casa.

Pra mim, pessoalmente, esse exercício constante de por fora o que não tem mais utilidade e poder criar uma harmonia visual no meu lar com funcionalidade, reflete muito no meu humor e na minha dinâmica familiar.  Se você nunca tentou, eu recomendo! Você não vai se arrepender!

Ganhar ou perder? Nenhum dos dois

Quantas vezes você já teve o seu dia “estragado” porque alguém falou algo que te deixou mal? Hoje me peguei pensando nas inúmeras vezes em que isso aconteceu comigo. Me peguei pensando no tanto de poder que eu permiti que os outros exercessem sobre mim, meus pensamentos e minhas reações. 

Uma vez escutei de alguém a seguinte frase: “Quando você diz, nossa ganhei meu dia com o seu elogio” ou, “Brigada (em tom irônico) você conseguiu estragar o meu dia!”, significa que você está deixando os outros alcançarem um lugar dentro das suas emoções que não é jurisdição deles. 

Por favor não me entenda mal, sei que é legal receber elogios, mas não podemos depender deles pra nos sentirmos bem na vida. Da mesma maneira que ouvir algo negativo a nosso respeito, não deve frustrar o percurso do nosso momento ou dia. Pelo contrário, essas situações são ótimas oportunidades pra praticarmos o domínio próprio e não sermos simplesmente levados pra onde os sentimentos quiserem, senão seremos sempre escravo deles. 

Somente você tem o controle pra decidir como pensar e reagir às suas circunstâncias. Não é possível sabermos, exatamente, quando vamos ser surpreendidos com belas palavras ou com palavras duras. Quem dera, não é mesmo, rsrs?  O que quero aqui, é trazer uma pequena reflexão sobre a importância de como receber e filtrar o que é dito a nós todos os dias, tanto por pessoas que conhecemos, quanto por um desconhecido na fila do supermercado. Pense nisso: é melhor ganhar ou perder “o momento”? Nenhum dos dois. O melhor é se autogovernar em ambos contextos: uma escolha que sempre está à minha e à sua disposição!

Organizando a rotina da família

Oi gente! Hoje tô de volta com algo bem diferente das postagens anteriores. Gosto muito de escrever sobre assuntos que tenham a intenção de despertar nas pessoas a capacidade de reflexão e ação. Porém, o título desse post diz respeito a algo mais prático e funcional, que serve pro dia dia da sua e da minha família.

Pra quem não sabe, minha formação é na área da Pedagogia (também estudei Andragogia e meu TCC foi voltado para jovens e adultos). Mais tarde, depois de formada, fiz um curso maravilhoso de Personal Organizer que me levou a unir minhas duas paixões: a educação (especificamente a esfera de treinamento) e a organização do lar.

Foi dessa combinação que surgiu o desejo de ensinar outras pessoas a criarem seu próprio painel de comando para a rotina familiar. Uma ferramenta simples, que se bem utilizada, pode facilitar muito a dinâmica entre marido e mulher e entre pais e filhos. Aqui nos Estados Unidos é muito comum você ver esse tipo de coisa quando vai à casa de alguém, principalmente quando eles têm filhos ou uma família grande.

Mas Kati, hoje em dia tem tantos aplicativos que nos ajudam a organizar a vida. Pra que fazer isso? É verdade minha gente! Essses aplicativos podem nos auxiliar em algum nível. Mas sabe aquela história de ter um livro em mãos e poder fazer a leitura sentindo o seu cheiro, enquanto as páginas são viradas? Pois é, ter algo concreto e visual disposto em um lugar de alto tráfego na sua casa, vai chamar a atenção de todo mundo, além de ser um quadro interativo e inspirador pra família toda.

Você vai poder compreender melhor o passo a passo sobre a montagem desse painel no meu perfil do Instagram @katiuciadawson. Lá tem uma live gravada sobre isso. Então pra finalizar, vou disponibilizar aqui os PDFs para você baixar e utilizar conforme as sua necessidade.

Espero que você tire proveito dessas dicas e consiga se organizar melhor na sua rotina doméstica. Você vai perceber que vai ter menos stress e mais tempo pra cuidar de outras coisas. Ah, também tem 2 opções de marcadores de página com fotos by me, especialmente pra você!

Você é com quem você anda

Alguém aí já ouviu a frase: “Você é a média das cinco pessoas com quem mais convive”? (Jim Rohn). O que isso significa? 

Faça um rápido teste comigo. Pense nas cinco pessoas com as quais você passa a maior parte do seu tempo. Quais são alguns dos traços ou particularidades que se destacam nelas? Agora, note se essas características não estão em você também, em menor ou maior grau. Percebe como essa afirmação tem lógica?  Isso é possível, porque como seres humanos, somos extremamente influenciados por quem está próximo de nós.

Naturalmente, temos a tendência de nos relacionarmos com pessoas cujas crenças, ideias e valores são parecidos com os nossos e que podem, desse modo, contribuir positiva ou negativamente com nossa forma de ver e viver a vida.

O que quero dizer é, que a influência social que recebemos, pode nos beneficiar ou nos atrapalhar. Isso vai depender somente de nós. 

Pode parecer duro, mas por isso é muito importante aprendermos a limitar o nosso tempo com aqueles que andam em uma frequência muito diferente da nossa; isto é, numa frequência muito abaixo do nosso propósito de vida. Faz sentido? Não estou falando de buscarmos um padrão perfeito de relacionamento, onde ganhamos o tempo todo, pois isso não é viável ou sustentável. Só quero ressaltar que nunca vão existir 5 pessoas à nossa altura, enquanto não estivermos bem e contente com a nossa essência, certos de quem somos em Deus e do que queremos pra nós. 

Assim,  quando perceber que os grupos a que pertence estão te sugando pra baixo e te impedindo de avançar; é hora de sair deles.  Veja esse exemplo: se um amigo de adolescência se reconecta com você e em pouco tempo começa a dizer que você não é a mesma pessoa de antes, tem algo errado aí. Sabe por que? Porque ninguém deve ter o mesmo comportamento de quando tinha 15 anos. Todos nós precisamos buscar a transformação e o crescimento. Se o seu amigo ainda é o mesmo de antes, com as mesmas características comportamentais, significa que ele infelizmente não cresceu, não amadureceu e ainda espera viver as mesmas experiências da adolescência. Vamos admitir que muitos de nós conhecemos pessoas assim, não é mesmo?

Cabe a nós decidirmos se queremos continuar nesse círculo vicioso de amizades que não contribuem em nada, ou se preferimos estar com aqueles que nos influenciam, positivamente, e nos inspiram a influenciar também.  Aqueles que são pró-ativos e nos incentivam a sermos nossa melhor versão; que nos levam a voos mais altos e contribuem para que a nossa vida transborde na vida de outros. 

Que tal explorar melhor como você elege suas crenças de influência pra sua vida?

Parar ou desistir?

Estamos vivendo um tempo de transição como família. Depois de quase 3 anos aqui na Califórnia, entendemos que é hora de nos aventurarmos mais uma vez. A verdade é que pra mim e o David, desde que nos conhecemos, sabíamos que a nossa jornada não ficaria limitada a apenas um local geográfico. Nossos sonhos e objetivos, sempre incluiram outras culturas e nações. É parte do nosso DNA!

Nós temos uma vaga ideia de quando encerraremos nossas atividades na Terra do Tio Sam – o processo está mais devagar que imaginávamos –  e seguiremos viagem para Portugal. Porém, enquanto aguardamos as demais portas se abrirem, mantemos a paz e a convicção de que não estamos largando mão do que vivemos aqui ou abandonando nossa história com esse país, assim como não foi com o Brasil.

Todos nós precisamos fazer decisões constantemente. O importante é entender que existe uma grande diferença entre parar e desistir. 

Quando Deus falou com Abrão, por exemplo, este entendeu que deveria fechar um ciclo em sua terra e sua parentela e prosseguir para algo novo. (Gên. 12:1-3). Ele não estava fugindo do que havia construído ali, apenas terminou o que vinha fazendo, no momento certo.

Não é sobre o tanto de tempo que você faz algo ou permanece em um lugar, é sobre a qualidade e a abundância do que você vive, pois nisso está a plenitude e o transbordo do nosso Deus. 

E você, está querendo parar ou desistir?

É apenas uma fase, você vê assim?

Estamos nos aproximando de completar 21 anos de aniversário de casados. Nesse tempo todo já comemoramos em grande estilo, com jantar gourmet à luz de velas e viagens, mas também já curtimos em casa mesmo, com um comidinha simples e os filhos pequenos em cima de nós. Essas lembranças me fazem pensar em como temos vivido fases e situações diferentes, e nem por isso elas têm nos definido ou rotulado. O que eu quero dizer é que uma fase, seja ela boa ou ruim, nunca vai determinar o todo, nunca vai poder ditar o final, a não ser que você permita. Digo isso porque com muita frequência passamos por ”estações” desafiadoras que nos fazem acreditar que será assim pra sempre.

Certa vez numa conversa sobre bebês, eu e uma amiga chegamos a duvidar que um dia, as dolorosas mamadas, longos choros, cólicas intensas e noites mal dormidas passariam, rs. Hoje nossos filhos estão grandes e provavelmente não pensamos mais sobre aquela fase difícil, afinal agora o nosso foco está em criar adolescentes. Assim, o fato de viver algo isolado ou por um tempo inesperado, não significa que isso produzirá o resultado final de toda a história, entende?